SaaS. Você sabe o que é isto?
A sua resposta pode até ser não, mas você com certeza já fez uso deste tipo de serviço.
O SaaS é uma sigla para Software as a Service, ou Software como Serviço. Esta inovação representa uma aplicação onde o acesso é mais relevante do que a licença do software em si.
Olha só alguns exemplos de SaaS que você conhece e provavelmente já usou:
• Dropbox;
• Google Drive;
• Salesforce;
• Google Analytics;
• Zendesk;
• Netflix;
• Paypal.
Afinal, o que é SaaS?
Pense na quantidade de softwares que uma empresa precisa. Agora pense em tudo o que inclui a aquisição deste softwares, como seu custo e o custo de suas licenças, um computador para recebê-lo, um servidor para interligar os usuários dentro da empresa… bastante coisa, não é?
Foi pensando em tudo isto que surgiu o Software como Serviço, ou SaaS.
Através dele, a empresa não precisa de tudo isso que citamos acima. O programa nem mesmo fica instalado no seu computador. O SaaS fica na internet, por meio de uma tecnologia chamada cloud computing, ou computação na nuvem, que disponibiliza um espaço para o armazenamento de dados na rede virtual. Ou seja, para fazer uso do SaaS, basta ter acesso à web!
Principais características dos SaaS:
• O acesso ao é feito totalmente pela internet;
• As correções e atualizações são realizadas pela empresa fornecedora do sistema;
• Há a possibilidade de integrações externas por meio de Interface de Programação de Aplicações (APIs);
• O pagamento é por uso, não por licença;
• O gerenciamento é centralizado da aplicação.
As empresas SaaS:
Chamamos de empresas SaaS as organizações que desenvolvem, mantém a estrutura e disponibilizam os softwares considerados como serviço. Elas também são responsáveis por manter a segurança dos dados dos usuários e garantir a confiabilidade dos sistemas.
Para uma empresa ser considerada SaaS, o software deve ter como foco um serviço e necessariamente ser acessado via navegador web ou aplicativo para dispositivos móveis.
Mas qual a diferença entre empresas SaaS e softwares?
A maior diferença entre os SaaS e os softwares é onde os dados dos clientes ficam hospedados. No caso dos softwares, estes devem ser instalados em uma máquina da empresa contratante. Já os SaaS são acessados através do navegador da internet e tem os dados salvos na nuvem.
O SaaS não necessita de instalação específica para cada cliente e apresenta uma customização padronizada, podendo o usuário escolher os pacotes que mais se encaixam em suas necessidades.
Mas quais os benefícios dos SaaS?
Agora que você já entendeu o que é Software as a Service, deve estar se perguntando quais as vantagens do seu uso. Confira algumas abaixo:
Menor custo de utilização: como já comentamos, com o SaaS não é preciso comprar o software ou obter a licença, ter um computador especial, ou se preocupar com atualizações. Desta forma, o custo é realmente bem menor.
Sem máquina para hospedagem: como o SaaS fica hospedado na nuvem, não há a necessidade de um computador para mantê-lo.
Acesso remoto: para utilizar o SaaS, tudo o que você precisa é ter acesso à internet. Desta forma você pode fazer uso do programa mesmo quando estiver a quilômetros de distância da empresa.
Customizável: o SaaS não atende exatamente a sua necessidade? É possível adquirir pacotes adicionais para customizar o serviço e aumentar a sua eficiência!
Atualizações automáticas: com o SaaS você não precisa investir em atualizações e pagar novas taxas. Os Softwares como Serviço têm atualizações automáticas, uma vez que o programa está hospedado na internet.
Integração facilitada: outra grande vantagem do SaaS é a opção de integração com outros sistemas de forma simples e rápida.
Quais são os custos de um SaaS?
Com tantos benefícios, parece valer a pena investir, não é mesmo?
O valor cobrado para utilizar o SaaS se limita à assinatura. Vamos usar a Netflix como exemplo: para fazer uso deste serviço, você não precisa baixar nem instalar nada no seu computador. Basta entrar no site, se cadastrar, pagar o valor da assinatura do plano que melhor atender às suas necessidades e pronto!
E quando pensamos que estes softwares costumam resolver grandes problemas, que normalmente só seriam solucionados com altos investimentos, a percepção de valor se torna ainda maior e o SaaS deixa de ser visto como um gasto e passa a ser visto como um investimento.
Agora se você possui ou quer abrir um negócio que ofereça soluções SaaS, deve estar atento à forma de cobrança aos seus clientes. Este fator pode interferir diretamente nas suas vendas e, por consequência, na lucratividade da sua empresa.
Conheça 3 formas de pagamento utilizada pelos empreendedores de SaaS:
• Boleto bancário:
Esta é uma das formas de pagamento mais usada no comércio comum e uma boa opção financeira para a empresa, pois a taxa cobrada é baixa. Porém, o uso do boleto como forma de pagamento acaba trazendo alguns riscos, como o cliente não realizar o pagamento. Isto pode o atrapalhar todo o planejamento da sua empresa.
Mas não oferecer o pagamento via boleto também é uma decisão arriscada, já que boa parte da população não utiliza cartões de cartões de crédito ou de débito e isto pode acabar limitando o seu público.
Algumas dicas para oferecer o pagamento por boleto e ainda manter boa a taxa de conversão de vendas são enviar o boleto por e-mail para o cliente e lembretes antes do vencimento do boleto, caso este ainda não tenha sido pago. Fique atento também a qualquer problema com o pagamento, como leitura do código de barras ou aceitação do registro.
• Débito no cartão de crédito
Esta costuma ser a principal modalidade utilizada pelos consumidores, mas não é tão interessante aos empreendedores devido às altas taxas cobradas. As operadoras dos cartões de crédito cobram taxas que normalmente variam entre 3 e 8%, além de outros encargos.
Por tanto, para que a margem de lucro estipulada seja mantida, é preciso levar em consideração o custo extra no cálculo do preço. Uma boa dica é tentar negociar taxas e condições com as operadoras, e sempre dar opções de parcelamentos ou de diferentes bandeiras dos cartões para o seu consumidor.
• Débito em conta corrente
Por fim, a melhor forma de cobrança para a empresa é o débito em conta corrente. Esta opção se torna vantajosa pois o pagamento é feito na hora, e ainda oferece baixo custo e alta fidelização dos clientes.
Porém, como a opção não é tão vantajosa para os bancos, alguns começaram a não aceitar a alternativa. Ainda é preciso que a sua empresa adote um sistema de gestão financeira para controlar os pagamentos e falhas, de forma a garantir um bom desempenho.
Quais são os desafios desse modelo de negócio no atual cenário brasileiro?
Apesar das vantagens e inúmeras possibilidades que os SaaS disponibilizam, as empresas que oferecem Softwares como Serviços têm ainda um grande desafio: convencer que a tecnologia de hospedagem de dados na rede virtual da internet (nuvem) é segura, e tem sido aprimorada cada vez mais.
Empresas de pequeno e médio porte, em geral, não costumam ver grandes problemas na utilização de SaaS, até porque o sistema gera uma economia significativa para estes formatos de negócio. Já as grandes corporações ainda mantêm um certo receio em armazenar dados sigilosos e estratégicos em nuvem, muitas vezes acreditando que é mais seguro manter os arquivos em mãos.
Conforme uma pesquisa realizada pela Rock Content, SaaSholic, Signal Hill, e Redpoint e Ventures, quase metade das empresas provedoras de SaaS estão no estado de São Paulo (47,8%,), seguido de Santa Catarina (16,3%) e Minas Gerais (11,3%). No estudo foram ouvidos 597 empresas, principalmente startups.
A pesquisa também mostrou que a maioria das empresas desta modalidade foi criada com investimento próprio (71%). Destas, 60% relataram que recuperaram seu CAC em menos de 6 meses e 67% mostraram que possuem uma relação de LTV/CAC superior a 3.
Como modelo de vendas, o preferido apontado foi o inside sales, uma vez que 52% optam pelas vendas dentro de suas sedes. As vendas de campo (42%) e vendas self-service (37%) apresentam números menores.
Desta forma, podemos afirmar que há grande potencial para empresas SaaS no Brasil!